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FaceApp, aplicativo que “envelhece” as fotografias compartilha dados pessoais dos usuários.

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O FaceApp é um aplicativo que tem feito muito sucesso entre os usuários de Smartphones.

A máxima “não existe almoço de graça”, é mais do que aplicável na era da Big Data.

Ao acessar as redes sociais vemos fotos dos nossos amigos, conhecidos e celebridades com aparência de idosos, não só com os cabelos grisalhos, mas também com a pele do rosto com traços da idade.

Uma brincadeira sem nenhuma malícia, para entreter os usuários da rede social. Em alguns posts, com ironia, falam que é uma homenagem à reforma da Previdência.

Quem é a empresa responsável pelo FaceApp?

O aplicativo “FaceAppfoi desenvolvido pela empresa de TI russa Wireless Lab e o aplicativo possui uma lista bem generosa de dados que serão coletados pela empresa em sua política de privacidade.

Seria ilícita a captura automática de dados?

De acordo com nossa legislação atual não. No termo de uso do aplicativo “FaceAppexiste autorização para compartilhamento de dados.

Diversos aplicativos tem como estratégia de negócio a coleta, compartilhamento e comercialização de dados de terceiros. Entre os dados recolhidos, estão imagens e quaisquer outros materiais publicados, bem como o histórico de navegação do usuário na internet, conforme termo de autorização do próprio aplicativo.

“Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e tendências de uso do serviço. Essas ferramentas coletam as informações enviadas ao seu dispositivo ou ao nosso serviço, incluindo as páginas de web que você visita, add-ons e outras informações que nos auxiliam a melhorar o serviço”: (termo de uso: https://faceapp.com/privacy)

Entre as informações coletadas pelo Aplicativo, de acordo com a própria política de privacidade: https://faceapp.com/privacy) estão:

Comunicações entre o usuário e o FaceApp: A empresa armazena todo o tipo de envio de e-mail relacionado ao serviço (como, por exemplo, alterações/atualizações de recursos do serviço, avisos técnicos e de segurança). Um detalhe: não existe a opção “não receber e-mails” relacionados ao serviço.

Informações do Analytics: A empresa utiliza ferramentas de análise de dados de terceiros para ajudar a medir o tráfego e verifica tendências de uso do serviço. Essas ferramentas coletam informações enviadas do seu dispositivo ou por meio do serviço da empresa, incluindo as páginas da web visitadas, complementos e outras informações que ajudam a melhorar o serviço oferecido pelo aplicativo. “Coletamos e usamos essas informações analíticas com informações analíticas de outros usuários, de modo que não possa ser razoavelmente usado para identificar qualquer usuário individual em particular”, diz a política da empresa.

Cookies e tecnologias similares: Outra informação coletada são os cookies de navegação e tecnologias semelhantes, tais como pixels e web beacons, com o objetivo de entender como a pessoa utiliza o FaceApp. O objetivo, segundo a empresa, é aprimorar os recursos do app e a experiência do usuário. Além disso, a empresa afirma que poderá solicitar que anunciantes ou outros parceiros veiculem anúncios ou serviços em seus dispositivos, que podem usar cookies ou tecnologias semelhantes colocadas por nós ou por terceiros.

Informações do arquivo de log: O aplicativo armazena o chamado Arquivo de log. Em linhas gerais, trata-se de um registro usado por todos os tipos de softwares e sistemas operacionais (IOS e Android, por exemplo) para rastrear algo que ocorreu, geralmente com detalhes do evento, data e hora. Pode realmente ser usado para qualquer coisa que o aplicativo julgue apropriado escrever.

Dados de IP, navegador cliques e outros: Ao usar o FaceApp, os servidores da Wireless Lab registram automaticamente determinadas informações como solicitação da Web, endereço de IP, o tipo de navegador usada, número de cliques, páginas de destino, páginas visualizadas, entre outros dados. Também podem coletar informações semelhantes a partir de e-mails enviados para outros usuários, o que ajuda a empresa a rastrear quais e-mails são abertos e quais links são clicados pelos destinatários. As informações permitem relatórios e melhorias do serviço.

Identificadores de dispositivo: Ao usar um dispositivo móvel, como um tablet ou telefone para acessar o serviço, a empresa poderá acessar, coletar, monitorar, armazenar em seu dispositivo ou remotamente um ou mais “identificadores de dispositivo”. Os identificadores de dispositivo são arquivos de dados pequenos que identificam exclusivamente seu dispositivo móvel. Esse dado poderá ser compartilhado para um parceiro terceirizado para ajudar a compreender sobre como você navega e usa o aplicativo afim de produzir relatórios, conteúdos e anúncios personalizados. Alguns recursos do serviço podem não funcionar corretamente se o uso ou a disponibilidade de identificadores de dispositivos estiver prejudicado ou desativado.

Metadados: Em linhas gerais, metadados são informação técnicas associadas ao conteúdo de cada usuário. Os metadados, por exemplo, podem descrever como, quando e por quem uma parte do conteúdo do usuário foi coletada e se ele foi formatado. Os usuários podem adicionar ou adicionar metadados ao conteúdo do usuário, incluindo uma hashtag (por exemplo, para marcar palavras-chave quando você compartilha uma foto) ou outros dados.

Os termos de uso dizem que as informações não são associadas aos usuários de forma a poder identificá-los individualmente, mas o número de informações monitoradas é grande.

O armazenamento de dados é realizado em servidores dos Estados Unidos da América, país que ainda não tem uma lei específica de proteção de dados, como a União Europeia (GDPR) ou o Brasil (LGPD).

A partir de agosto de 2020, entra em vigor no Brasil a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que traz diversas restrições à coleta, tratamento, divulgação e venda de dados de terceiros.

Essa legislação determina que haja consentimento expresso do titular dos dados, para a utilização dos seus dados e para quais objetivos e com quais empresas. Os termos genéricos, como o utilizado pela empresa de TI russa Wireless Lab (prática atualmente adotada por quase a totalidade das empresas), não será mais válido.

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Gasparini

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